
O benefício por incapacidade temporária, anteriormente conhecido como auxílio-doença, é um dos principais benefícios previdenciários concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em algumas regiões do país, é popularmente referido como "encostar-se no INSS" ou "Se encostar", termos que descrevem quando uma pessoa quer requerer o referido benefício.
Este auxílio destina-se a garantir uma renda ao segurado que, devido a doença, acidente ou prescrição médica (como no caso de gravidez de risco), encontra-se incapaz de trabalhar por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
O objetivo é fornecer suporte financeiro durante o período de recuperação, permitindo que o segurado mantenha sua subsistência enquanto se restabelece para retomar suas atividades habituais.
Incapacidade Temporária e a Legislação Previdenciária
De acordo com a legislação brasileira, a incapacidade temporária é aquela em que o segurado está impossibilitado de exercer sua atividade laboral por um período determinado, mas espera-se uma recuperação completa.
O benefício por incapacidade temporária pode ser solicitado por segurados empregados, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais e facultativos, segurados especiais e desempregados que ainda estejam no chamado "período de graça".
Período de Graça é aquele que ocorre após a rescisão de um contrato ou quando se para de verter contribuições para o INSS, que é de 12 ou 24 meses e pode ser prorrogado por mais 12 meses em alguns casos, como o de desemprego.
Requisitos para Concessão do Benefício
Para que o segurado tenha direito ao benefício por incapacidade temporária, alguns requisitos precisam ser atendidos:
Incapacidade Relacionada ao Trabalho
A incapacidade relacionada ao trabalho pode ocorrer devido a acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Estes casos são especialmente protegidos pela legislação previdenciária, pois resultam diretamente das condições laborais às quais o trabalhador está exposto.
Acidente de Trabalho
Um acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. São considerados acidentes de trabalho:
O benefício acidentário é concedido a segurados determinados, sendo excluídos da proteção acidentária o contribuinte individual e o segurado facultativo.
Doenças Ocupacionais
Doenças ocupacionais são aquelas desencadeadas ou agravadas pelas condições do ambiente de trabalho. Estas doenças são divididas em:
Processo de Concessão do Benefício
A concessão do benefício por incapacidade temporária envolve várias etapas, todas regulamentadas pelo INSS:
Duração e Extensão do Benefício
O benefício por incapacidade temporária é concedido por um período determinado, conforme estipulado na perícia médica. Periodicamente, o segurado poderá ser convocado para novas perícias a fim de avaliar a continuidade da incapacidade.
Caso o segurado não se recupere dentro do período inicialmente concedido, o benefício poderá ser prorrogado. Se, após as perícias periódicas, for constatado que a incapacidade se tornou permanente, o benefício pode ser convertido em aposentadoria por invalidez.
A Relação com a Atividade Habitual do Segurado
A avaliação da incapacidade é feita em relação à atividade habitual do segurado. A perícia médica do INSS considerará se a doença ou lesão impede o segurado de realizar as atividades que compõem seu trabalho regular.
Este enfoque é crucial, pois uma doença ou lesão que incapacite um trabalhador para uma atividade específica pode não ter o mesmo impacto em outro tipo de trabalho.
Direitos e Deveres do Segurado
O segurado que recebe o benefício por incapacidade temporária tem direitos e deveres específicos:
Conclusão
O benefício por incapacidade temporária é uma ferramenta essencial para a proteção dos trabalhadores que, por motivos de saúde, não podem exercer suas atividades laborais.
A legislação previdenciária brasileira garante esse suporte financeiro, ajudando a preservar a dignidade e a qualidade de vida dos segurados durante períodos de recuperação.
A atenção à relação entre incapacidade e atividade habitual do segurado é fundamental para assegurar que o benefício cumpra seu papel de forma justa e eficaz, proporcionando a segurança necessária para a retomada plena das atividades laborais após a recuperação.
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